ASSÉDIO MORAL


“O assédio moral no trabalho é definido como qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.”
Marie-France Hirigoyen

Segundo a cartilha da Andes/SN, desde 1996, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) constatou que mais de 12 milhões de pessoas sofriam com problemas de angústia e depressão relacionados com o trabalho.

A primeira matéria sobre a pesquisa brasileira saiu na Folha de São Paulo, em novembro de 2000, na coluna de Mônica Bérgamo, sendo o assunto discutido amplamente pela sociedade, movimento sindical e no âmbito do legislativo.

Este é um assunto ainda considerado tabu, velado e proibido, embora algumas organizações estejam desenvolvendo atividades com o objetivo de sanar este grave e complexo problema.

São comportamentos ligados à total falta de ética e dizem respeito à etiqueta profissional. Ainda hoje vemos ações vergonhosas e deprimentes de muitos chefes, colegas de trabalho e, em menor escala, de subordinados com relação ao chefe.

Geralmente as atitudes para o funcionário com relação ao assédio moral são falta de respeito em vários níveis, indiferença, desdém, exclusão, cobrança desmedida, entre muitos outros comportamentos.

Embora existam funcionários não tem o menor conhecimento da causa, sei de casos ocorridos com pessoas próximas que trabalham em grandes empresas e também convivi com a questão algumas vezes, infelizmente.

As consequências inevitáveis são visíveis nos problemas de saúde como depressão, palpitação, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, alteração da libido, irritação, pensamentos negativos em relação à própria existência, entre outros.

É surpreendente e inacreditável que, em tempos em que se apregoa a qualidade de vida nas empresas, nos deparamos com a gestão estratégica que encabeça o medo e a pressão a fim de alcançar metas.

Como prevenir o assédio moral
• Fazer reuniões em locais de trabalho abordando o tema, criando espaço para discussões alertando sobre o problema e das leis que já estão sendo aplicadas.
• Realizar de campanhas nas organizações para divulgação das informações que cercam o assunto.
• Treinamento dos funcionários, ressaltando os valores éticos e sociais que devem ser adotados no ambiente de trabalho.
• Treinamento sobre etiqueta profissional que visa o respeito e facilita os relacionamentos.
• Ouvidoria: implementação de caixa de sugestões, onde os funcionários poderão anonimamente expor suas situações.


FONTES:
Cartilha da Andes/SN p. 14
Hirigoyen, Marie-France. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Editora Bertrand do Brasil, São Paulo, 2002. pág. 17.
www.assediomoral.org
www.sindibel.com.br
www.redebh.com.br
www.graficosmg.org.br
Foto: www.estrategiacriativa.blogspot.com

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