Mônica Mendes produz arte em Miami e presta solidariedade a artistas brasileiros na pandemia


Mônica Mendes e auto retrato "Com-Vida 20" 

A artista plástica Mônica Mendes é natural de Belo Horizonte, mas reside há muitos anos em Miami, onde desenvolve relevantes trabalhos no segmento das artes.  Embora tenha graduado em Relações Públicas e Educação Física, e possuir raízes artísticas desde a infância, seu amor pela arte originou a obtenção do título “Master Degree of Fine Arts em Painting”, somente em 2016, pela Academy of Art University, em São Francisco. 

Premiada por suas obras, participa regularmente de várias exposições, feiras e salões de arte pelo mundo. Nesse ano, participou da exposição virtual do Coletivo Libertas, do concurso de artes do IX salão de Artes de Itabirito, sendo selecionada para fazer parte do Livro de Arte de Itabirito 2020 e também do primeiro Salão Nacional de Artes Visuais da Quarentena, premiada em 5º lugar, pelo voto popular. 

Mônica, relatou ao Renova suas inspiradoras atividades no período da pandemia, pautadas em muita criatividade e dedicação: 

“Havia agendado um evento que realizo anualmente, o “MM Open Studio”, no meu estúdio em Miami, juntamente com o músico Tino Gomes. Apresentaria esse ano o projeto “Catopezera, O Som Das Cores”, com mostra de 22 pinturas a óleo, sobre o “Catopê”, tradicional movimento cultural do norte de Minas. Mas como fomos impedidos de realizar o projeto fisicamente, decidimos apresentar a exposição virtualmente, com a curadoria de Heloiza Azevedo”. 

“O músico Tino Gomes gravou um disco exclusivo para essa apresentação e o Atelier Without Borders, responsável pelo projeto social do qual faço parte, juntamente com Cecilia Thibes e Daniela Bercovich, elaborou o catálogo virtual do “Catopezera O Som Das Cores”. Sendo que, toda verba arrecadada com as vendas do mesmo, será destinada a artistas carentes da região do norte de Minas”. 

“Catopezera, O Som Das Cores” se esforça para manter vivos os sons, as cores e o espírito da influência afro-brasileira na história do catopé, do candomblé e do congado. A coleção de obras também almeja lembrar aos brasileiros a diversidade das nossas raízes multiculturais, que nos une em um só país. Através da minha arte, vislumbro mostrar nossa cultura para outras partes do mundo, a fim e que ela possa sempre permanecer viva”.

“Além disso, comecei uma outra série de pinturas chamada “Minhas Vanitas”, ilustradas por caveiras, simbolizadas nas artes plásticas pela brevidade, futilidade e vaidade mundana, partindo do conceito de que a morte é certa e deve ser lembrada sempre, embora nossa tendência seja negar sua existência. As “Vanitas” acusam a relatividade do conhecimento e nos convida a uma mudança. Nesses tempos de corona vírus, confesso que tenho refletido que a morte é algo muito mais real e próximo de mim como nunca. Tento aproveitar meu tempo de quarentena para fazer coisas que gostaria de fazer e venho descobrindo outras que nem sabia que gostava”. 

“Muitas perguntas não têm respostas, mas lembrar que a morte pode chegar a qualquer momento nos ajuda a viver o agora com intensidade, mais amor, paciência, resiliência, menos preconceitos e guerras. Unidos somos mais fortes, então que seja um por todos e todos por um”. 

“Também pintei um quadro chamado “Com-Vida 20”, que transmite gratidão e esperança de um mundo novo e melhor depois dessa pandemia. O momento atual é de observação interna pessoal, assim como de procurar melhorar o que temos postergado com a desculpa de falta de tempo. Agora temos o “tempo nas mãos” e poder olhar para dentro é maravilhoso”. 

“Manter o equilíbrio mental e espiritual atualmente depende do bom uso do tempo. Como uma pessoa que acredita em algo maior que nós, penso que esse momento pode contribuir muito na evolução do ser humano. O mundo parou para que cada um reflita e entenda que somos parte de um grande quebra cabeça, portanto todos são importantes no restabelecimento e crescimento mundial, não só no plano material, mas principalmente no plano espiritual”. 

“Eu só posso agradecer a oportunidade de evoluirmos! Peço a Deus que saibamos usar todo o tempo que temos para melhorarmos, porque dessa forma estaremos evoluindo, juntamente com nossa mãe terra, que já apresenta sinais de agradecimento por nossa parada”, salientou e concluiu Mônica Mendes.

Por Luiza Miranda e Mônica Mendes

Auto retrato "Achievement"
Auto retrato "Motherhood"

No estúdio pintando as obras "Catopezera O Som Das Cores"

Exposição "Favelas", Galeria Gilda Queirós

Em Montes Claros, com o músico Tino Gomes, nas Festas de Agosto 

As obras abaixo fazem parte da Exposição "Catopezera O Som Das Cores"






Fotos: Andre Freitas, Felipe Neves, Adriene Miranda e Leca Novo.

Mônica Mendes: 
https://bit.ly/30NzOya
@monicamendesartista

Tino Gomes:
https://bit.ly/2CPj9SN 

Atelier Without Borders:
https://bit.ly/2BwSlpI 

Heclectik-Art - Galeria Itinerante & Consultoria Internacional Artística 
https://bit.ly/39zdrAj 

Para adquirir o catalogo em prol dos artistas:
https://amzn.to/313tcfh 

IX salão de Artes de Itabirito 
https://bit.ly/30NUBS5 

Libertas Coletivo de Artes 
https://bit.ly/3gfPjpb

1º Salão Nacional de Artes Visuais da Quarentena 
https://bit.ly/3jJP4or 

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